MARCA PESSOAL DE GOVERNANTES E SUAS NARRATIVAS INTRANSIGENTES...

 

NOTAS DE DOMINGO

"Remédio para um doido é um doido e meio"

A frase é comum no interior, dita por um autor desconhecido que talvez fosse mais provido de sabedoria que boa parte dos bípedes que caminham pelo Brasil em 2025.

De um lado, um Lula que acordou doze anos depois e decidiu que ainda é 2003. Vê inimigos em cada economista e traidores em cada ministro que lê gráfico.

Cobra juros baixos como se bastasse gritar, e vende promessas que até parte do eleitorado já não mais confia (vide índice de reprovação do mandato).

Do outro lado, Trump. A definição do sujeito turrão. Daqueles que se você pisa no pé — sem querer — e pede desculpa, ele pisa de volta mais forte. Esbarrou nele? Esbarrão devolvido imediatamente.

É a representação típica do valentão que todo colégio tinha. O problema é que goste você ou não, ele intimida — seja pelo histórico de brigas ou pelo próprio tamanho. No fim do dia, segue jogando o jogo que mais gosta: o dele mesmo.

Um jogo onde o objetivo não é negociar — é marcar território. Intimidação como marca pessoal.

Dessa vez não foi diferente… Depois de algumas indiretas proferidas do lado de cá, como uma moeda independente do dólar, um recado simples chegou em forma de tarifa: “Não ouse medir forças comigo e não mexa com meus amigos”.

Trump e Lula se odeiam ideologicamente, mas agem quase igual: falam demais, ouvem de menos e têm absoluta certeza de que estão certos.

Governar para eles parece que virou detalhe. O importante é vencer a narrativa e manter a pose — mesmo que ela só exista na cabeça deles.

Prato cheio para os internautas extremos, que usam os comentários no Instagram como fuga dos problemas complexos que não querem resolver, sempre chamados a opinar entre duas narrativas escritas por homens que não suportam ser ignorados.

É a política como ringue ou reality show.

Vence o mais maluco, ou melhor, o maluco e meio. Perde o sujeito normal. Aquele que só queria estabilidade pra abrir um negócio, planejar a semana, entender a regra de um imposto novo.

Perde o produtor de mel orgânico, localizado no município de Picos, a 314 km de Teresina, que, prestes a exportar 95 toneladas de mel, teve o seu pedido cancelado.

Permanece o Brasil de sempre: a “startup” que todo governo promete virar unicórnio em quatro anos, e quando dá errado, a culpa é do sistema, do investidor — ou da Faria Lima. Nunca das ideias ruins e da execução, que é pior ainda.

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